CAMINHOS DA “PRIVATIZAÇÃO” E DA DIGITALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA Ricardo Pedro Doutor em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Investigador no Lisbon Public Law Research Centre (LPL) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. |
RESUMO O presente texto trata do tema da presença crescente de entes privados na administração da justiça contemporânea. Em Portugal, têm sido desenvolvidas políticas públicas que permitem a participação destes atores, mas tal opção traz preocupações sobre a garantia do interesse da boa administração da justiça pelos privados, a par dos seus interesses próprios. Acresce que, a digitalização da justiça por vezes impõe a contratação de serviços a entes privados, em particular, devido à falta de conhecimento e expertise públicos para desenvolver soluções digitais, como a implementação de algoritmos, por vezes, implica. Neste cenário, não é incomum que tais algoritmos sejam secretos, somando-se ainda o facto de muitas das vezes serem opacos, o que traz novos problemas relativos à garantia do processo justo, da igualdade de armas e da transparência judicial. PALAVRAS-CHAVE Entes privados, administração da justiça, digitalização, algoritmos, transparência, processo justo, igualdade de armas.
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